Minha voz só tem valor na medida em que ressoa
como um tambor tribal, na mente de quem lê.
UM ELO, APENAS, FEITO DE POEMAS,
QUE REPERCUTEM NA SENSIBILIDADE ALHEIA.
A oficina do poema não é só feita de livros,
que permanecem inertes, em quieto equilíbrio,
até que alguém os perceba e leia.
A oficina do poema é feita do aço das experiências
que trazem aprendizagem, (e benevolência)
no trato com o poema, e, sem dilema,
com a própria vida, de uma forma geral,
com tudo o que ela tem, de belo ou de banal,
como a descoberta de um novo Graal,
prestes a se espatifar da Torre de Pisa,
e salvo, no último momento,
resgatando o nosso sentimento.
Todo o nosso presente, de alguma forma,
estava escrito lá, nos velhos pergaminhos.
Em nosso interior, a cada vida,
já vêm impressos os caminhos
que apontam o futuro redentor.
As experiências, os desastres que sofremos,
têm seus desdobramentos, abecedários,
consequências, conclusões.
As perdas e os desastres sempre trazem soluções,
(são cartilhas de aperfeiçoamento.
São erráticos, didáticos, democráticos,
na medida em que a todos, indistintamente, alcançam.
Ai de nós, se não fossem os desastres,
é certo que não haveriam mudanças
que nos levam a outras direções.
O aprofundar dentro de si mesmo,
para o poeta, resulta, como por milagre,
em uma grande libertação do pensamento,
e, quem sabe, à apreensão do conhecimento
dos destinos espirituais da humanidade.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
A oficina do poema
Postado por Lia Sophia às 16:25
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1 comentários:
Esta oficina dos poemas, pensamentos,sensações, já foi visitada por operosos gênios:Blake,um dos maiores,o alquimista das palavras, das imagens,em busca do ouro do auto-conhecimento.Muito bem descrita, a busca do poeta,a sua procura de como expressar em palavras tudo o que vai no mais íntimo da sua alma.Parabéns!
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