Bandida, tres vezes bandida,
de sangue quente...
Te vejo, te quero, me atrevo.
Mas tem um vago outro lado,
lado escondido de mim,
lado quieto, não falante,
lado somente pensante,
murmurante, balbuciante,
o lodaçal, pantanal,
os portões do meu umbral,
lá mesmo, onde se escondem
as dores, os malefícios,
a culpa, o medo, o mal.
Lado sabido e negado,
exorcizado, esquecido,
e nunca compreendido.
Quando, bandida, te ataco,
exponho o meu lado fraco,
exponho minha carência,
sem um pingo de decência...
Me use, mas não abuse:
sou a menina assustada,
que ainda acredita em fada,
e gosta de chocolate.
Me ate, mas não maltrate...
domingo, 3 de agosto de 2008
Bandida assustada
Postado por Lia Sophia às 15:58
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
§
Se houvesse um manual que explicasse quando usar cada uma de nossas faces, tudo seria mais fácil.
Certamente, seria uma realidade insossa. E não há nenhuma garantia de que seria melhor.
§
Um ano sem postagens. Que pena.
Postar um comentário