terça-feira, 29 de abril de 2008

Idas e vindas

Os berços acolhem
o retorno ao penoso aprendizado.
Os berços não escolhem.
Desde que a vida despontou, um dia,
ou uma noite, não se sabe,
nesta espaçonave chamada Terra,
aos berços voltam,
sublime e fera,
em outras formas,
entrelaçadas.
Poder e ouro, esgar e sangue,
que a vida irmana.
Sem privilégios viveremos,
frutos de escolhas,
sob o firmamento.
E suaremos nossa perplexidades,
e exudaremos nossas vaidades,
tentando impôr opiniões e preferências,
e normas de conduta,
esquecidos das glândulas pituitárias,
da carga genética,
dos fluidos hormonais.
Por que não podemos nos deixar em paz?
Por que não aprender a humildade,
o socorro da alheia necessidade?
Quantas voltas ao berço custarão
finalmente, agirmos como irmãos?

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