Apenas desintegração de uma mistura.
É quimica pura,
facilmente demostravel.
É movimento, e o que se move
tem vida própria.
Em nosso mundo, tudo se move
e nada demove, em mim, a crença
que a vida vença
em outro plano, sem a matéria,
de outra forma, bem mais etérea.
Porque o amor universal precisa
das coisas do querer.
O amor universal e seu poder
que submete o querer
à força imperativa do viver.
Por enquanto, somos matéria,
esta mistura fugaz.
Simplesmente dobramos os joelhos,
sem determinação sobre as coisas do amor
universal.
Só temos o nosso querer,
rosas vermelhas, andorinhas migratorias,
plenas de utilidade ao amor universal.
Rosas vermelhas que não podem fenecer.
E, por isso, porque não somos anjos, mas humanos,
não convivemos com os deuses,
mas com as pulsões e reações
do nosso inconsciente,
e dos ritos cabalísticos de nossas tribos.
Mas eu, insubmissa, quero mudar,
dominar, direcionar,
o meu proprio querer:
quero que floresça, e cresça,
que seja um lume, e o perfume de suas rubras rosas
ilumine o meu viver individual,
servindo, sempre, ao amor universal.